Fonte da Ricardina



Camilo Castelo Branco eternizou a velha e esquecida fonte das imediações da Igreja de São Pedro, na Abadia de Espinho. Adquiriu, inclusive, denominação própria: Fonte de Ricardina. De acordo com a novela, aquela fonte foi cenário de fundo dos amores infelizes de Ricardina Pimentel e de Bernardo Moniz. A feroz oposição do orgulhoso abade de Espinho Leonardo Botelho de Queiroz, Miguelista ferrenho e homem vingativo, pai de Ricardina, contrariou a paixão de sua filha e de Bernardo, o jovem estudante de leis, liberal convicto e filho do humilde Silvestre da Fonte, residente da povoação vizinha de Espinho.

A existência ficcional dos personagens e da narrativa ganha vida na presença dos sítios referidos e descritos na novela: a casa de Silvestre da Fonte, de aparelho granítico seco e de janelas Manuelinas, a Igreja da Abadia de São Pedro, a Residência Paroquial, e a fonte escondida no passal. Junto à estrada para o Outeiro observamos ainda uma fonte, de traça Barroca e que, erroneamente, muitos supõem ser a de Ricardina.


Coordenadas geográficas
40°33'32.72"N
7°47'34.49"W