Pelourinho de Chãs de Tavares



Abundantes pelo país, a história do direito português informa que nos primeiros tempos da monarquia era nos pelourinhos, ou picotas – nome que lhe é dado até ao séc. XVI -, que se executavam as penas, impostas pelos almotacés, resultantes de delitos da atividade comercial e industrial, expondo os infratores à vergonha e até à aplicação de castigos corporais. Tinham, também, a função de prisão na gaiola. Esta era construída em madeira, que encimava a coluna, onde o delinquente cumpria a pena da sentença. Em meados do séc. XVI, a gaiola é substituída pelas cadeias construídas junto aos tribunais. Surgem, então, as gaiolas em pedra a rematar simbólica e decorativamente os pelourinhos. Constituem-se como padrões dos concelhos e símbolos da justiça, da liberdade e da autoridade municipal. Em Chãs de Tavares, concelho existente pelo menos desde 1102 e a integrar o atual concelho de Mangualde a partir de 1852, perdura o pelourinho que apresentamos:

Pelourinho de gaiola. Coluna de 6 metros e de 8 faces uniformes que emerge, atravessando-os, de 3 degraus oitavados com bordo saliente. Sobre a coluna, rematada por cordão duplo, assenta a gaiola octogonal, elevada em forma de taça com dois filetes sobrepostos. Nos seus ângulos assentam os colunetos cilíndricos que suportam a cúpula da gaiola, rematada por pináculo de 2 esferas.

É Monumento de Interesse Público, pelo Decreto nº 23122 de 11/10/1933.


Coordenadas geográficas
40°37'19.02"N
7°36'39.48"W