Igreja Matriz de São Julião



A Igreja de São Julião, Matriz de Mangualde, é Monumento de Interesse Público, desde 1983, e insere-se num adro também ele classificado, conjuntamente com as cruzes da Via-Sacra – que se prolongam até à avenida da Liberdade – na mesma categoria, desde 1997. Trata-se de um importante conjunto patrimonial da arquitetura religiosa.

A igreja, com fundação assente num pequeno mosteiro rural, em anos anteriores à da nacionalidade – meados do século XI – ter-se-á tornado em Matriz do então concelho de Azurara, por volta do século XII.

Alvo de múltiplas intervenções ao longo dos séculos, da antiga construção românica pouco ou nada resta. Como construção mais antiga é visível parte da parede da nave do lado Sul, em estilo românico-gótico, e que é do tempo de D. Dinis. As várias “cicatrizes” mostram precisamente as várias ações de restauro, conservação, reconstrução e ampliação.

É no seu interior que se guardam as maiores belezas. A capela-mor é o maior “tesouro”: retábulo de Estilo Nacional, de inícios do século XVIII, e teto apainelado, formado por 18 caixotões pintados representando apóstolos, doutores da igreja, Nossa Senhora e S. Julião. As paredes exibem ainda pinturas provenientes do antigo retábulo maneirista. Junto ao chão, nas paredes laterais ao altar, duas estreitas faixas de azulejos sevilhanos, policromados, acusam a reforma empreendida por Fernão Cabral. O adro é o velho cemitério medieval.


Coordenadas geográficas
40°36'29.56"N
7°45'59.86"W