Pelourinho de Abrunhosa-a-Velha



Nos primeiros tempos da monarquia era nos pelourinhos, ou picotas – nome que lhe é dado até ao séc. XVI -, que se executavam as penas, impostas pelos almotacés, resultantes de delitos da atividade comercial e industrial, expondo os infratores à vergonha e até à aplicação de castigos corporais. Tinham, também, a função de prisão na gaiola. Esta era construída em madeira, que encimava a coluna, onde o delinquente cumpria a pena da sentença.

Em meados do séc. XVI, a gaiola é substituída pelas cadeias construídas junto aos tribunais. Surgem, então, as gaiolas em pedra a rematar simbólica e decorativamente os pelourinhos. Constituem-se como padrões dos concelhos e símbolos da justiça, da liberdade e da autoridade municipal. Na localidade de Abrunhosa-a-Velha, que conjuntamente com Vila Mendo de Tavares constitui Freguesia, e que foi concelho instituído tardiamente, em 1828, e que durou até 1840, existe o pelourinho que atesta precisamente a sua municipalidade.

Localiza-se no largo com o mesmo nome, em frente ao edifício que funcionou como câmara, tribunal e cadeia. É constituído por quatro degraus octogonais, fuste colocado no último degrau e que lhe serve de plataforma. De forma oitavada, remata numa moldura de oito faces. O remate é uma peça piramidal de oito lados, elevada a partir de acentuado estrangulamento. O monumento mede quatro metros de altura. Cronologicamente é do século XVIII.

É Monumento de Interesse Público, pelo Decreto nº 23122 de 11/10/1933.


Coordenadas geográficas
40°34'44.10"N
7°38'34.74"W